quarta-feira, julho 30, 2008

É neste domingo!

Roupas, objetos para casa, eletrodomésticos, eletrônicos e outras supresas:
Bazar VitiNina

terça-feira, julho 01, 2008

A Gata Borralheira

Nossa personagem chega na história com um cavalo branco. E ele a pé – porque é pertinho e não vale a pena gastar gasolina. De vestido rosa muito ornamentado, ela posiciona a mão esperando ajuda para descer do veículo. Ele não percebe, está arrumando a barra da calça jeans e já aproveita pra amarrar o allstar.

Ela, um ser independente, desce e começa um papo. Toma vinho, ri, olha nos olhos, demonstra interesse. Enquanto degusta uma cerveja, ele esconde a timidez em pequenos gestos de desafio, que não parecem funcionar. Ela prefere deixar pra próxima a quebrar o romantismo. Mulheres devem ser conquistadas, e não sair agarrando.

Alguns dias depois, novo encontro, e ela segue fazendo charme, pras bandas da Terra do Nunca. E ele continua com os pés muito firmes no chão do planeta Terra.

Ela sonha com declarações. Num jantar a luz de velas ou no Orkut, tanto faz, têm o mesmo peso. Ele se tranca no banheiro pra bater punheta e a dor de cabeça passar. Jura que este é o único e melhor remédio.

Brigam porque ela dorme demais, porque ela aperta a embalagem de detergente e porque ele não gosta de lingeries. É tudo o que incomoda ele, como se pode notar. Já ela fica triste com barreiras tão pequenas, que acabam não dando pra escalar.

O preço do petróleo sobe, a China ganha espaço no mundo. E só a indiferença arranca lágrimas dela.

A Branca de Neve começa a ficar de olho no príncipe da Rapunzel, trancafiada num quarto distante. O problema é que a essas alturas, ninguém mais acredita em conto de fadas.

Ele sai da história dirigindo um carro. E ela fica presa no livro com o Príncipe Encantado. Felizes para sempre.

quinta-feira, abril 24, 2008

Escritório vazio

De quinze em quinze minutos entra no orkut, bisbilha todos os e-mails. Esperando alguma notícia, qualquer coisa que possa mudar o dia, a vida. Nada. Mais quinze minutos e tá ali de novo. A franja continua muito curta pra usar pro lado, o namorado continua recebendo mensagens de menininhas bizarras e o salário não aumentou nem um tiquinho. Quinze minutos e bate o ponto. O embrulho no estômago permanece, o trabalho não satisfaz, a barriguinha não some. Hora de olhar mais uma vez. O antidepressivo não faz efeito, tem medo de ser barrada com passaporte na mão, se irrita com o papinho da colega pro namorado. Eles viajam juntos, ela viaja sozinha. Mais uma espiadinha. A amiga desperta fantasias, homens salivam, não consegue concentrar num livro, não quer ir pra Porto Alegre. Logon e senha, rapidinho. A pauta vazia, o café acelerando, o escritório vazio, a sensação de inutilidade. Lembra que não recebeu convite pro churrasco, que bateu o carro novo, que não suporta academia, que o saldo tá negativo. Entradinha básica. Relê os sentimentos que o cara com quem divide a cama divide com a internet. Pensa que nunca teve aquilo. Só a música que ele escreveu pra uma, que também tocou pra ela no violão. Hora de entrar de novo. As horas não passam, só os segundos. Ela teme perder. Tem medo de não ter, de não ser. Quinze minutos e, finalmente, uma novidade. O ex escreveu seu primeiro testimonial. E é óbvio que não foi pra ela.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Passou


quarta-feira, janeiro 30, 2008

Anônimo

Li e coube em mim:

Verdade
Não te quero metade
Mesmo que para isso
Me custe a vida inteira