terça-feira, junho 20, 2006

Intensamente

Não estou feliz com o cabelo. Hoje não é a roupa. Amanhã é o emprego. No dia seguinte, dor de cabeça. Sigo um dia insegura, outro mal humorada.

Assim é o medo de viver. Que descarado esse pavor de amar! Esse sentimento latente, que me envolve e leva pra longe, bem longe. Onde só minha imaginação alcança. E esse sujeitinho petulante me tranca no quarto e insiste por lágrimas. E elas vêm, fácil. Quero distância, quero terminar tudo. E nada de recomeço. Encaro de frente, de lado, e não vejo respostas.

Quero você. Mas quero em mim. Intensamente.

Papo sério

A:
Alguém me disse que eu devia relaxar. O futuro é inevitável, e eu sigo no caminho. Mas pelo contrário, estou apavorada. Amar de novo não é fácil.

O:
Ela me disse que devo mudar. Pra formar um casal é preciso insanidade, e eu não estou disposto a isso. Quero uma amiga, mas aceito cafuné. Quero economia, e por isso topo compartilhar. Quero segurança, e daqui eu não saio. Meu mundo eu que construí.

A:
Ele quer colo, mas mantém os olhos abertos. Eu sou confusa, mas quero fechar os meus.

O:
Que insistência! Aonde você quer chegar? Esse aqui sou eu, essa aí é você.

A:
Ok, foi mal. Melhor eu ir andando.

terça-feira, junho 13, 2006

Curiosa

Só a dúvida me inspira
E você me confunde.
Deixa o dito mudo
E isso me toca.
A sua coragem é a minha insegurança.
A sua indiferença, a minha sustentação.
Por isso,
Hoje eu sofro.

Foi mal

Enquanto eu sinto
Ignoro a realidade
Desconheço o que se passa em ti.

Sei que não sei
Reconheço que tenho medo.
Finjo que não dói.

Quero distância
Busco segredos
Que gostaria de ignorar

Me contradigo
Mas esse vestido
Não me serve mais.

Cidadão Quem

“Quem é você
Que se esconde
Atrás de um nome qualquer
Não aparece pra mim?”

Ele não te quer
Mas eu te quero
Te considero
E, infelizmente,
Sem te conhecer,
Eu te venero.